Rizia Ziliani não sabe se descrever. Por isso, eu, Rizia – o lado desinibido e sem vergonha - falarei sobre ela. Adora dizer coisas viajadas, odeia o tal do falar baixo e não foi apresentada ao tio desconfiometro. Quando criança comia besouros e qualquer ser que se movia ou ameaçava mexer, desde então tem sérios problemas com comida e sofre da síndrome da comelança. Adora compartilhar informações desnecessárias, fazer perguntas sem nexo e tem uma imaginação um pouco mais avantajada que os coleginhas da sala. E qualquer reclamação que tiver dela, sugiro que fale com a senhora sua avó.

Meu Fotolog

◦ RiZiA ZiLiANi ◦

Meu Orkut

◦ RiZiA ZiLiANi ◦

Meu Flickr

◦ RiZiA ZiLiANi ◦

17:21

Análise: Sequestro na China x Sequestro no Brasil

A seguir, demonstrarei a diferença de procedimentos da polícia chinesa e brasileira, em casos de sequestros semelhantes, nos dois países. Baseado em fatos reais.

Na China: visando não prolongar o que não há porque ser prolongado, a polícia chinesa traça um plano de ação de no máximo 24 horas para resgatar o réfem. Ela sabe que o sequestrador só tem duas saídas: ou liberta o refém logo ou toma bala na fuça.

A decisão é dele.

No Brasil: a nata pensante da polícia brasileira se reúne, pensa, argumenta e, após um longo e razoável período de discussão (1 ou 2 dias), chega à conclusão que não é necessário incomodar o sequestrador por 1 ou 2 semanas.

Talvez 3 semanas ou 1 mês? A decisão é dele.





Na China: "Tenho TRÊS exigências a fazer".

No Brasil: "Tenho TREZE exigências a fazer. Dentre elas, quero que a refém que eu acabei de liberar volte ao meu poder."

Resposta ao pedido do sequestrador na China: "Não."

Resposta ao pedido do sequestrador no Brasil: "Claro, Sr. Sequestrador. Cafézinho?"




Na China: Sem o prévio conhecimento do sequestrador, a polícia chinesa se posiciona de prontidão em um aposento ao lado dele. Mesmo sem um sofisticado aparato tecnológico, a comunicação entre o pessoal do campo de ação e de negociação é plena. Qualquer vacilo do sequestrador pode ser decisivo.

No Brasil: Com o prévio conhecimento do sequestrador, o GATE reúne um impressionante grupo de 78 pessoas - dentre elas, policiais, psicólogas, parentes e evangélicos - que ficam de braços cruzados durante todo o decorrer do sequestro. Minto: as psicólogas dão entrevistas pra TV, os parentes choram e os evangélicos tentam converter o sequestrador. O trabalho é integrado. O intuito é deixar o sequestrador bastante irritado e fazê-lo disparar 4x contra a multidão. Plano bem sucedido.



Na China: Tendo ao seu lado o fator surpresa, o policial chinês aproveita uma brecha de atenção do sequestrador e o pega desprevenido.

No Brasil: Tendo ao seu lado o fator burrice, a polícia brasileira resolve invadir o cativeiro do jeito mais difícil, PELA PORTA DA FRENTE, estourando uma bomba bem barulhenta, apenas para dar tempo do sequestrador matar uma refém e atirar na cara da outra.




Na China: Começam as negociações.

No Brasil: A polícia invade o cativeiro com balas de borracha, para evitar ferir o sequestrador. Direitos humanos, ouvi falar.



Na China: Terminam as negociações.


No Brasil: A polícia sai triunfante do cativeiro, com o único resultado esperado e possível - a morte de uma refém, um tiro na cara da outra e o sequestrador ileso.




O resultado, na China: sequestrador bom é sequestrador morto.

O resultado, no Brasil: o sequestrador, enquanto vítima de sua infância sofrível, alega um período de breve insanidade temporária e, dessa forma, após tirar uma vida a sangue frio, passa uns 4 ou 5 anos na cadeia (se passar), enquanto a midia esquece do caso.


Blog Faz Sentido


Posted by ◦ RiZiA ZiLiANi ◦