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O que aconteceu esses dias atrás no maracanã foi algo bem simbólico. Fez-se um minuto de silêncio e depois o jogo continuou. A dez anos se fala que quando menores de idade mataram o índio Galdino Patachó em uma fogueira de álcool na capital. Alguns dizem que agora chegamos ao fundo do poço, engano. O fundo do poço está muito acima de nós. já banalizamos a morte o horror, fomos além do fundo do poço quando torturaram e mataram a fogo o jornalista Tim Lopes no Rio à cinco anos, e ai o país ouviu as autoridades e lesgisladores falando em endurecer as leis. Ouvimos de novo em 2003 a menina Gabriela de 14 anos foi morta a tiros na escadaria no metro na Tijuca no Rio de Janeiro. E de novo ouvimos quando um menor chefiou o trucidamento de um casal de adolescentes no Embu em São Paulo. Nos ataques em São Paulo em Maio. Ouviu-se tudo de novo. Os ataques do Rio o resultado foi uma parada militar garbosa da força nacional de segurança pública. Depois que mataram o João Hélio, um pai foi morto diante do filho em assalto no Rio e outro pai foi morto a tiros por assaltantes diante da filha na garupa de sua moto em São Paulo. E diário o crime, e a reação dura um minuto de silêncio e o jogo continua. Não se combatem coisas concretas, se combatem abstrações. Combate-se a violência e não o bandido. Pede-se paz, e não a lei. Parece que falar em lei não pega, dizem que tolerância zero não faz bem ao espírito tropical. Em emproviso de posse o presidente Lula falou em degradação social pela perda de valores que precisa ser resolvida a partir de casa. Disse que o crime deveria ser combatido com a mão forte do Estado. Parece que o país fingiu não ouvir. Porque continuava passando no sinal fechado, estacionando na calçada, jogando lixo no chão, fazendo barulho para o vizinho, sonegando, desrespeitando faixa de pedestre, em suma, enfraquecendo a lei que quer que o proteja. Aqui não há cultura de cada um é defensor da lei. E a lei fica desamparada. Ai vai se contornando o problema enquanto ele nos domina. Palavrório substitui a ação. Crime virou criminalidade, dando mais tempo ao bandido enquanto se pronuncia o palavrão para inflar a estatistica do horror
Posted by ◦ RiZiA ZiLiANi ◦
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